VIRGÍNIA VENDRAMINI (Brasil)
























Solidão – Delícias e Desgostos
Virgínia Vendramini

Viver só é muito bom!
Tudo feito do meu jeito,
Sou dona do meu pedaço,
Senhora do meu horário,
Faço meu próprio cardápio,
Não divido meu armário.

Mas na volta do trabalho
Ninguém fez minha cama,
Nem preparou meu jantar,
Ninguém me diz “boa noite!”

Mas é bom, mesmo assim.
Tenho tempo, tenho espaço
E liberdade de escolha:
Só faço o que tenho vontade.

Mas na volta para a casa,
Como o silêncio magoa!
Magoa a falta do abraço
Deixado na “secretária”
Por mais um aniversário
Sem bolo, sem parabéns...

Viver só é triste às vezes.
Fins de semana... insônias...
Relógios tão vagarosos,
Livros, filmes, sinfonias.

Afinal tomo um remédio
Para dormir, convencida,
Que estar sozinha dói muito,
Que a solidão é uma droga!


Impressões Noturnas
Virgínia Vendramini

A tarde cai e a noite vem depressa.
Anda no ara um cheiro de cansaço
Que dói no corpo de quem segue a passo,
Sem o direito ao menos de ter pressa.

É tarde. A noite chega sem luar.
Em cada olhar o tédio da rotina.
Indiferente aos dramas da esquina,
Por eles passam sem sequer notar.

Já não se ouve ao longe a serenata,
Ninguém viaja pela Via Láctea.
Nem canta em rimas sua solidão 

É noite, mas não há no céu estrelas.
Quem as procura não consegue vê-las
No céu, ocultas na poluição.


Legado
Virgínia Vendramini

Guardei para você barras de chocolate,
Licores e manjares
E você nem provou.

Guardei para você meus desejos secretos,
Carinhos indiscretos
Que você recusou.

Rasguei por você os véus do preconceito,
Quebrei lanças e laços,
Mas você nem notou.

O que resta agora é pouco mais que nada:
Descrença no afeto
Que você desprezou.

Deixo para você este legado fútil,
Incoerente, inútil
Que o descaso criou.


No Limite
Virgínia Vendramini

Um resto de lucidez.
Respiro fundo.
Conto até dez... até cem...
Não é o bastante!
Recomeço a contar...
Meu Deus! Como é difícil
Perdoar a burrice!


Magia das Mãos
Virgínia Vendramini

Mãos são seres quase à parte.
Têm mistérios, têm segredos...
São fontes do bem e do mal.

Há mãos que pedem e que doam,
Que acariciam e ferem,
Mãos que mutilam, que curam,
Que assinam sentenças de morte.

Há mãos que colhem os frutos,
Que preparam o alimento,
Que rejeitam, que acolhem,
Que fazem do silêncio música,
Que aprisionam o belo
Em cada obra de arte.

Mãos seres quase mágicos.
Senhoras de tantos talentos,
Presente ao homem concedido
Para que mostre sua alma.
Mãos, ferramentas de Deus,
Espelho de sentimentos.


Descuido
Virgínia Vendramini

O tempo vi passar e, descuidada,
Relógios não olhei, nem calendários.
Era feliz e achei desnecessário
Com o futuro estar preocupada.

Porém, não pára o tempo e de repente
Senti que os dias já não tinham cor,
Que minhas noites eram sem calor.
Que o amanhecer me era indiferente.

Perdi-me em mim, na crença que vivia,
No teu amor... que tola fantasia!
E vi que o tempo te tornou distante,

Embora ainda, em nosso dia-a-dia,
Representando a farsa da harmonia,
Todos nos creiam um casal amante.


Amargo Brinde
Virgínia Vendramini

Hoje, dia do teu aniversário,
Longe da festa que não me pertence,
Te presenteio com a minha ausência,
Envolta nesse silêncio magoado.

Sofro, no entanto, a dor de me calar,
Retendo em mim essa ternura imensa,
Esse carinho, esse amor urgente,
Que gota a gota, cuidadosamente,
Acumulei para hoje oferecer-te.

E de mistura às lágrimas sentidas,
Cada resquício deste afeto inútil
Recolho lentamente numa taça,
Onde fermenta o vinho da saudade,
Bebendo num só trago de amargura
Meu triste coquetel para brindar-te.

(do livro Primavera Urbana)


Desejo
Virgínia Vendramini

O tempo conta histórias encantadas
No silêncio da noite calma e quente,
Sugestão de carícias delicadas,
Num sussurro sutil, em voz ardente.

Entre a folhagem um botão de rosa
Se esconde, quase pronto a abrir-se em flor,
Mas é preciso mão habilidosa
Pra despertar-lhe o perfume e a cor.

E a rosa, assim, abrindo-se, suave,
Umedecida de orvalho e mel,
Se oferecendo num silêncio grave,

Vestindo da ternura o tênue véu,
A quem tocá-la, então, dará a chave
Do mais doce prazer, do mais cruel...


Acalanto da Chuva
Virgínia Vendramini

À noite, recolhida em meus segredos,
Gosto de ouvir a chuva a cantar leve
Uma canção contando histórias breves,
Que sem palavras, lembram mil enredos.

Essa cantiga sempre renovada
Na melodia mágica e sem notas,
Conta tristezas, fala de derrotas,
Mas quando a ouço, fico consolada.

E no silêncio é sempre bom ouvir
O som tão doce que me faz sentir
Saudade antiga, antigo desencanto...

Mas aos pouquinhos, como um acalanto,
A cantilena sempre a repetir,
Essas histórias fazem-me dormir.


Por Um Fio
Virgínia Vendramini

Não quero mais viver neste vazio,
Neste deserto pleno de lembrança,
Onde resiste apenas por um fio
A frágil luz da última esperança.

Não quero ver chegar o novo ano
E digo não à vida que promete.
Não tenho sonhos, já não faço plano...
A dura escolha só a mim compete.

E se chegar, por fim, hora sofrida,
Em que se apague a luz frágil da vela
Vou dizer não, sem pena, à própria vida,

Porque somente a vida será bela
Se em cada etapa a ter de ser vencida,
Houver amor fazendo parte dela.


Autocrítica
Virgínia Vendramini

Que poeta sou eu que não sei de rimas,
Que não canto luas, flores ou amores?
Meu verso não é melodia, é grito,
Nascido sem medida, sem limite.

Que poema é o meu?
Nem trova, nem soneto,
Retrato apenas de um momento,
Gota de realidade,
Em frases simples, em traços breves,
Sem grandes temas, nem rimas raras?

Que versos são os meus,
Sem técnica nem lirismo,
Sem mel nem ternura?
São versos rudes, em ritmo bárbaro,
Em negro, escritos pela mão da vida...


Cirandas
Virgínia Vendramini

“Nesta rua nesta rua tem um bosque...”

No céu lua só
Sol só no céu
Eu girassol

Flor insular
No exílio verde do vaso
Adorno banal

Sós no céu lua e sol
Eu na Terra girassol
Cirandas de solidão

“E o amor que tu me tinhas
Era pouco e se acabou”


Auto-imagem
Virgínia Vendramini

Me vejo de corpo inteiro e alma nua
No reflexo nítido do espelho 
Sem véus nem maquilagem.

Vejo o que não quero
Quero o que não sou
Sou o que não quis ser

Me vejo de corpo inteiro
Imagem distorcida no espelho
Um rosto que nãi reconheço
A boca sem riso
O gesto indeciso

Inútil quebrar o espelho
A imagem permanece
Íntegra
Infinitamente multiplicada


Transitoriedade
Virgínia Vendramini

Nada permanece,
Ainda que pareça imutável.
O toque do tempo tudo altera...
A face dos homens,
O perfil das cidades,
Laços, leis, sentimentos,
O bronze dos monumentos.

Mudar é inevitável.
Tudo se transforma ao sopro do tempo,
Ao toque de suas ferramentas...
Vento... fogo... tempestades...

O simples passar das horas
Esculpindo a cada segundo
Um universo novo.

Nada permanece,
Ainda que pareça eterno.


Plenitude
Virgínia Vendramini

Não, nada quero que não seja inteiro,
Que não traga consigo o bem eo mal.
Quero de cada ser, de cada coisa
As qualidades todas e os defeitos.

Quero os jardins com insetos e flores,
A casa bela que requer reparos,
Quero as sementes e os frutos maduros,
As pedras dos caminhos e a chegada.

De nada quero ver só uma face.
Quero ver o lado oculto da lua
E descobrir o avesso da história...
Jogar a sorte na cara ou coroa.

Nada quero que seja só metade.
Quero das noites o sono e a vigília,
Do amor eu quero a volúpia e a saudade,
Quero provar da vida o amrgo e o doce.

Não, nada quero que não seja inteiro,
A revolta, a dor, a alegria.
Eu quero a dúvida e depois a crença,
Preciso enfim que tudo seja pleno.


Busca
Virgínia Vendramini

Na luz azul de cada pensamento
Em claras ondas o meu ser se parte.
Depois, no mar sem fim do sentimento,
Mergulho em busca de um amor que farte.

Viajo à lua, vou depois a Marte,
Não me detém o sol, não temo o vento.
Vou procurá-lo sempre em toda a parte,
Hei de buscá-lo em todo o firmamento.

E nessa busca, se4m um só lamento,
Irei compondo com desvelo e arte
Uma cantiga num compasso lento,

Que conte a história deste meu tormento
De quem partiu, buscando em toda a parte,
O amor real, sem vê-lo um só momento.


O Século das Perdas
Virgínia Vendramini

Na terra dos homens não há mais pássaros,
Não há mais espaço para jardins.
As torres crescem no lugar das árvores.

No dia dos homens não há mais tempo.
Há compromissos numa agenda cheia,
Relógios cobrando cada momento.

Na vida dos homens não há mais pausas.
Não há mais crenças nos seus corações...
Nem um consolo de um solo de flauta.

Não mais sonhos no mundo dos homens.
Há sombras pairando sobre as cidades,
Fantasmas do medo, Arautos da fome.

(do livro Matizes)


Tudo o que não há mais
Virgínia Vendramini

Flutua no céu a lua,
Antiga deusa morta,
Rainha deposta,
Hoje retalhada ao telescópio
Em mares secos e crateras.

Flutuam no céus estrelas cadentes,
Restos da causa dse um cometa,
Cintilações de astros mortos,
Poeira de velhos sóis,
Crenças, mitos e lendas.

Flutuam no céu aviões da Panair,
Anjos barrocos e madonas
Roubados de Minas Gerais,
A esperança verde-amarela
De riqueza e liberdade...

Flutua no céu afinal
Tudo o que não há mais,
Que agora só existe
Na saudade e na História.


Mapa do Tesouro
Virgínia Vendramini

Interrompo a caminhada.
Recolho os sonhos
E me recolho no divã do medo.
O futuro é um segredo.

Preciso de novos rumos.
Traço planos, estratégias...
Ir em frente simplesmente...
Caminhar em linha reta
Para onde vão os que passam...
Já não importa chegar.
Perdi o mapa do tesouro.


Todas as Mães
Virgínia Vendramini

Mães não são criaturas perfeitas.
São apenas mulheres
Com defeitos e qualidades,
Traumas, desgostos e desejos,
Como qualquer ser humano.

As mães não se tornam santas
Só porque geram um filho,
Nem se modifica por isso
A essência do seu caráter.

Às vezes é difícil amá-las,
Entendê-las ou simplesmente aceitá-las.
Outras vezes é preciso perdoá-las.
Esquecê-las, porém, é impossível.

Podem ser anjos que velam,
Algozes ou carcereiras,
Podem ser cumplicidade,
Compreensão, tolerância,
Doce presença que afaga,
Que também tolhe e cerceia.

Mães não são criaturas perfeitas.
Erram, acertam, dizem tolices,
Abandonam e são abandonadas...
Não são exemplos de amores perfeitos.
Mas quando se tornam ausência,
Aquela ausência que nada preenche,
Todas elas viram saudade.

(do livro Matizes)


Trens
Virgínia Vendramini

O trem da memória
Correndo nos trilhos
De velhas histórias
Repete o estribilho:

Tem gente chegando,
Tem gente partindo,
Tem gente voltando,
Tem gente fugindo...

Para frente, para longe,
Para o mundo, além do monte,
Passa pasto, passa poste,
Passa mato, passa ponte...

Correndo no escuro,
O trem do futuro
Guardando segredos 
Nos túneis do medo...

Corre o vento, passa o tempo,
Vai cidade, vem saudade,
Vem vontade de voltar
Para onde já não há.

O trem da memória
Nos trilhos da vida
Repete as histórias
Há tanto esquecidas...


Um Quase Nada
Virgínia Vendramini

Felicidade é sempre um quase nada
Momento breve, hora tão ligeira,
Noite de paz, manhã ensolarada,
Uma fragrância doce e passageira.

Enquanto dura é toda enluarada,
Brisa que passa em minha casa inteira,
Cheiro de terra que já foi molhada,
Bater de coração que se aligeira.

Felicidade não é flor tão rara,
Por toda parte, linda, se revela,
Mas entre todas é a flor mais cara

Quando a tocamos toda se esfacela
Como o farrapo de uma nuvem clara
E a alma triste, então, em nós congela.


Um Jeito de Sobreviver
Virgínia Vendramini

Faz de conta que somos princesas
E que as fadas são nossas madrinhas.
Faz de conta que a vida é bela
E que um dia seremos rainhas.

Faz de conta que a terra é o lugar
Onde vivem o amor e a esperança.
Faz de conta que o tempo não passa
E que sempre seremos crianças.

Faz de conta que o mundo é perfeito,
Que não há violência, nem medo,
Que os povos detestam as guerras
E aprenderam da paz o segredo.

Faz de conta que o amor é semente
Germinado em viçosas raízes,
Que não há diferença entre os homens
E que todos seremos felizes.

Faz de conta que existe a certeza
Da verdade ser sempre um farol,
Cintilando no céu do futuro,
Indicando o caminho do sol.


Soneto do Amor Sozinho
Virgínia Vendramini

Amar você é descobrir prazeres raros,
Criar um mundo novo em tudo diferente,
Esquecer o passado, viver o presente,
E no futuro ver somente dias claros.

É saber degustar gota a gota esse vinho
Que embriaga de Le e então em mim acorda
O cintilar antigo de uma estrela morta:
Ternura que perdi ao longo do caminho.

Amar você é ter poderes deslumbrantes,
Fazer brilhar o sol nas noites tão geladas,
Flores e frutos ver crescendo nas calçadas.

E mergulhando o olhar no azul do céu distante,
Acreditar, feliz, ao menos um instante,
Que não amo sozinha e também sou amada.


Gênese
Virgínia Vendramini

No berço do Nada,
O dia primitivo acordou.
Abriu devagar os olhos claros,
Espreguiçou-se, esgarçando nuvens,
Derramando luz, beleza e cor.

O sol misturou-se ao verde-azul do mar
E as ondas trouxeram em suas mãos de água
Rosas de espuma e sal,
Numa oferenda ao primeiro homem.

E o primeiro homem compreendeu, então,
Que era a essência desse poema
Imenso, solene, grandioso e belo
Que Deus grafou no livro do universo.

    (do livro Rosas não)


Herança
Virginia Vendramini

Quando morreu nosso amor,
Nem tudo você levou.
Ainda havia beijos seus
Guardados em minha boca.
Ainda havia em meu corpo
Carícias para colher.

Tanto amor havia ainda
Por repartir entre nós,
Afagos a dividir
E tantas coisas banais,
Delícias do dia a dia...

A casa ficou vazia...
Porém, nos cantos secretos
Se escondem tantas lembranças,
Tesouros da sua herança
Que esbanjo nos meus poemas.


Com Cautela
Virgínia Vendramini

Luzes na calçada
Em poças d’água
Lua na lama
Ninguém procura estrelas
No céu recém-lavado
É indispensável
Olhar onde pisa.


Entre Muros
Virgínia Vendramini

Estou aqui, como sempre estive.
Sozinha.
Rasgo vestes inúteis.
Rasgo versos inúteis.

Esqueço as horas...
O tempo é só uma abstração.
Ontem ou amanhã, é o mesmo.
São os mesmos os muros,
É a mesma a indiferença do mundo.


Irmãos
Virgínia Vendramini

Encolhidos como fetos
No amplo ventre da solidão,
Vivemos lado a lado,
Tristes, silenciosos,
Cada qual aconchegado em si mesmo.

Somos criaturas diferentes,
Frutos de uma gestação às avessas.
Não crescemos nem nos multiplicamos.
                                    (Nada esperamos
E sabemos que ninguém nos espera.

Sozinhos, sem sonhos que nos alimentem,
Sem qualquer identidade,
Cada vez mais nos dobramos
Sobre a angústia de nossa própria fome
Que jamais será saciada.


Rosas Não
Virgínia Vendramini

Não! No meu aniversário não me mande rosas!
Elas nada valem, nada me dizem, 
são belas, mas vulgares 
e vivem poucas horas.

Não, por favor não me mande rosas!
Ocupam tanto espaço...
E não sei bem o que fazer com elas...
Presente quase sempre de última hora, 
seu perfume agride, 
seus espinhos ferem...
São caras, são inúteis...
Tenho vontade de jogá-las fora.

Não! Não quero rosas, nem depois da morte!
Não quero coisas banais!
Quero apenas o silêncio amigo, 
inodoro, incolor, de uma simples prece, 
um último afago em meu rosto, talvez!
Não! Por favor não me mandem rosas,
nem outras flores!


Primavera Urbana
Virgínia Vendramini

O calendário avisa:
É primavera outra vez no hemisfério sul.
Procuro em torno os indícios,
Aqueles de que fala o poeta...
Os aromas sutis, a brisa amena,
Os casais de namorados...
O impossível verde...

Nada percebo, além do áspero cotidiano.
Procuro... mas acho apenas em cada
Esquina
Jardins de plástico e papel,
Rosas prisioneiras em cestos e fitas,
Flores pintadas em cartazes,
Anunciando festivais,
Pessoas que se atropelam
Sem sequer se olharem.

Mas, apesar de tudo, existem árvores,
Doentes, retorcidas,
Sem pássaros cantores,
Até sem pardais,
Entraves no caminho de quem tem pressa
De chegar a lugar nenhum.

No entanto, é primavera no hemisfério sul
E é preciso escrever um poema,
Mesmo que seja apenas
Para cumprir a tradição.
Ainda que não haja flores,
Ainda que não haja amores,
Ainda que os perfumes venham todos de Paris
E o verde seja somente
O avesso da esperança,
O lado errado do sinal de trânsito.

Procuro os indícios de que fala o poeta...
Nada, nada encontro.
O jeito mesmo é ver a primavera
Nos documentários da televisão
E colher rosas na floricultura da esquina.

(do livro Primavera Urbana)


“Caminho sozinha contra o vento, sem pena de ter partido”.
(Do livro Libertação)

2 comentários:

  1. Poetisa Virginia Vendramini, apresento-me como nova admiradora dos seus versos lindos, lindos demais! Desculpe-me, mas tenho por hábito aprofundar-me na pessoa do poeta, é como se eu quisesse sempre dividir com ele a carga que a vida lhe colocara nas costas. A sua me parece ter sido bem pesada de pedras, mas que a sua grande alma tranformara em flores. Um beijo no seu coração,
    Èmily Bourdon

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  2. Que descoberta e grande revelação nos faz o EM trazendo-nos Virgínia Vendramini. Virgínia escreve com luz própria, não há como não enxerga-la!

    "Porque somente a vida será bela
    Se em cada etapa a ter de ser vencida,
    Houver amor fazendo parte dela."

    Parabéns, Virgínia... parabéns, Expressão Mulher por merecer Vigínia Vendramini.
    Abraço,
    Raquel

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