BENEDITA DE MELLO
– a poetisa menina, cheia de Luz e Obstinação,
que fugiu do sertão de Pernambuco
que fugiu do sertão de Pernambuco
para iluminar a poesia
O blogue Expressão Mulher-EM – com bastante
atraso no calendário – traz aos seus leitores um pouco mais de subsídios sobre
a Vida e a Obra de uma Mulher a quem se deve referir com “M” maiúsculo –
BENEDITA DE MELLO.
Sua obra poética é uma joia para se guardar em relicário. Sua vida retrata a Força, a Determinação e a Bravura de
uma menina cega, nascida no sertão de Pernambuco, que por amor ao saber e à poesia foge de sua terra aos 13 anos de idade e vem ter no Instituto Benjamin
Constant, uma instituição para cegos no Rio de Janeiro, onde estuda e se gradua
professora.
Leiam esse instigante relato em narrativa
da própria Benedita de Mello. Observem
quanta Luz há no mundo de uma mulher cega que muito vê com os olhos de sua
imensa sensibilidade. Quantos, que enxergam, ela deixa para trás...
Agradecimentos do EM à sua compreensão.
Rio de Janeiro/RJ, 27 de dezembro de 2017.
Notas do EM:
- Informações outras dão o nascimento
de Benedita de Mello como 1906, e não 1900.
-
Em ao menos
dois dos livros físicos de BENEDICTA DE MELLO, o nome dela é escrito: BENEDITA
DE MELLO. No entanto, o blogue EM assume nesta postagem a forma BENEDICTA
DE MELLO utilizada pelo Instituto Benjamin Constant ao se referir à poetisa
cega que se graduou naquela instituição e na qual atuou como professora.
QUEM É BENEDICTA DE MELLO E O
QUE SE DIZ DE SEUS LIVROS:
Luiz Edmundo (imortal da
Academia Brasileira de Letras) ouve de Benedicta de Mello, ao entrevistá-la:
— Vim ao mundo em Vicência, nos cafundós de Pernambuco, um lugarejo pobre, atrasado, esquecido do mundo... E pôs-se a recitar:
"Eu nasci num recanto de palmeira,
Era em meio da
selva o meu ranchinho
Pequeno, de sapê,
tão pobrezinho
Que pobre me fez
sempre a vida inteira."
Em Vicência nasci e me criei,
sob a guarda e a ternura de meus pais. Só tarde, muito tarde, pude saber que
outros possuíam, neste mundo, mais um, sentido do que eu. Não me impressionei, porém,
com essa revelação. Em meio ao mágico esplendor da natureza que me agasalhava,
eu me sentia venturosa, ouvindo a voz familiar dos meus, o sonoro cantar dos
pássaros, os rumores do vento e até os plácidos gemidos de um pequeno regato,
um tênue fio de água, preguiçoso, que atrás da nossa casa, vagaroso, fluía.
Entretinha meu pai, por esse
tempo, relações de amizade com vários cantadores do lugar. Esses menestréis do
sertão enchiam, freqüentemente, o nosso rancho, com as suas violas de corda de
metal e as suas ingênuas e estouvadas cantorias.
Ainda trago fresquinha, na
memória, a lembrança dessas tertúlias singulares, que enchiam de sonhos a minha
infância.
Ainda ouço o Zé da Taquara,
ponteando, barulhando, a sua módula viola, em seus desafios:
"Eu não vejo quem me afronte
Nestes versos de seis-pé!
Pegue o pinho, companheiro
E cante como quisé.
Que eu mordo e belisco a isca
Sem cair no Jereré!"
Esses torneios, em geral
gaiatos, muito me divertiam e de modo tal, que, em breve, comecei ousadamente a
intrometer-me, lançando, de quando em quando, o meu versinho... Como se está vendo,
muito cedo comecei tomando parte nesses recontros improvisados, enfrentando
valentes trovadores, deveras convencida e até vaidosa de ver como eles me
levavam a sério...
Dos ranchos nossos vizinhos
vinham convites. Era a ceguinha insistentemente convidada para tomar parte em desafios.
Não me fazia rogada. Aos doze anos, a trovadora sertaneja tinha melhorado
bastante.
Zé da Taquara, certa vez, num
de seus repentes, perguntou qualquer coisa que logo respondi, fazendo, por
minha vez uma pergunta. Não me respondeu, como eu queria, o precipitado cantador.
Retruquei-lhe, nesta sextilha que ainda hoje guardo num cantinho da memória:
"A resposta direitinha,
O cantador não me deu.
Se ele crê que sabe muito,
Sabe menos do que eu,
Venha depressa, a resposta
De quem não me respondeu...”
A esses versos, de expressão
humorística, tão a feição do caboclo da terra, sucederam outros, graves,
sérios, que eu já compunha sem ser ao som da viola. Foi num ambiente de sonho e
de poesia, que passei as horas mais felizes de minha descuidada meninice...
Andava eu perto dos meus
treze anos, quando um forasteiro apareceu em nossa casa e nos falou da
existência de um educandário que havia na cidade do Rio de Janeiro, onde os
cegos, gratuitamente, eram instruídos em todas as disciplinas que se ensinam
aos videntes, pelo um método inventado por Braille.
Alvoroçou-me enormemente, a
extraordinária nova. Assim, pensei eu, poderia ler, escrever e contar, conhecer
várias matérias, coisa que eu até então considerava como uma espécie de graça,
a nós cegos negada e concedida apenas aos que possuíssem o sentido da vista!
Ah! Pensava eu, jubilosa, poder escrever os meus versos e lê-los quando
quisesse, sem me valer, para isso, da falível memória de terceiros! Saber tudo,
deliciar-me em livros que tudo contam e que os outros nem sempre me
contavam!...
À minha mãe, pedi que me
mandasse para tão famoso educandário do Rio de Janeiro, escola que instruía,
sem a menor despesa para os pais, as crianças cegas. Ah! A ânsia que eu tinha
de aprender...
— Não pode ser, respondeu-me
ela. Se você fosse um homem eu não consentiria, quanto mais sendo cega e
mulher!
E vieram as razões: de um
lado, os recursos monetários, de outro, a impossibilidade de poder
acompanhar-me em tão grande jornada. Para ela, alem disso, o Rio de Janeiro era
uma cidade de perdição.
— Se uma mulher já feita,
acrescentava, naquele báratro infernal, de pecado e de vício, com dificuldade
pode defender-se, quanto mais uma inesperta e tímida menina com treze anos
apenas e privada da visão. É pôr de lado a idéia que é absurda.
Um alvitre somente me
restava: fugir de casa, abandonar Vicência, Pernambuco e seguir, sozinha
embora, para o Rio de Janeiro. E não é que fugi?
Para alguma coisa havia de
servir a popularidade conquistada, em Vicência, pela menina cantadeira. Possuía
amigos, ótimos amigos, todos acordes, todos aprovando os meus legítimos
projetos.
Entre as famílias do lugar,
uma, a do Dr. Theodomiro Duarte, foi a que por mim, com a mais viva insistência
e a maior das coragens, abertamente se bateu. A ela, devo a guarida que então
tive, no dia em que fugi, abandonando a casa. Meu pai havia falecido anos atrás.
A família Duarte, ainda sou credora da ajuda que depois tive, na jornada que me
levou a capital de Pernambuco, onde fui carinhosamente recebida por uma outra
família amiga, que se incumbiu do meu embarque.
Fui, depois, conduzida a
bordo do vapor "Brasil'’, um veterano calhambeque que pertenceu ao Lloyd
Brasileiro, instável e vagaroso barco que vinha se arrastando de Belém do Pará,
em direção ao Rio, onde cheguei ao fim de sete dias. A bordo, no momento de
embarcar no Recife, fui posta sob a tutela de uma D. Edésia, que ocupava uma
cabine de primeira classe. Vinha eu, com um bilhete de terceira. Na hora do
desembarque, essa mesma senhora, que, durante toda a travessia, me cercara de
cuidados e mimos, eclipsou-se de repente e desapareceu. Valeu-me nesse contratempo,
o socorro amistoso de uma camareira de bordo, que me conduziu à residência do
Dr. Zeferino Pontual, velho conhecido da família Duarte, cujo endereço eu
trazia guardado, cuidadosamente na memória. Não o achamos, porém, pois ele havia
mudado de residência. De vizinhos, não sem dificuldades, obtivemos indicação de
sua nova morada — ruma pensão na Rua do Senado. Para lá me guiaram. Achei-o,
felizmente.
Imagine-se, agora, o espanto
do Dr. Pontual, ante a presença da menina cega que há anos não via e que ali se
apresentava, inesperadamente, a pedir, a implorar que ele a conduzisse à escola
que acolhia os cegos pobres do Brasil, para que nela fosse, sem demora,
internada!
A surpresa talvez não fosse
muito agradável!... Abraçou-me porém, sorrindo e prometeu cuidar do que eu, com
tanto ardor, pedia. Apenas não estava em condições, disse, de agasalhar-me em sua residência. Conduziu-me a casa de uns
amigos seus, no bairro de Botafogo, onde eu deveria ficar até que se
aplainassem certas dificuldades que certamente surgiriam, para o meu internamento.
E foram elas enormes, porque, alem de ser menor, eu não poderia apresentar nem
um só dos documentos exigidos pelo educandário. Findaram-se, afinal, os
embaraços que dificultavam a minha entrada no Instituto, esse abençoado
educandário onde me instruí, me eduquei e me fiz professora.
Em 1938 casei.
Quanto às influencias que
decidiram de minha formação como escritora, posso dizer que a noção rigorosa do
ritmo, bem como a contagem métrica do verso, eu as aprendi ouvindo os
cantadores do sertão. Não sou levada a crer que deles pudesse receber ponderáveis
influxos. Estes vieram depois, com o conhecimento de poetas como Gonçalves
Dias, Castro Alves, Casimiro de Abreu e acima de tudo, os que formaram a
geração de Bilac: Alberto de Oliveira e Raimundo Correia, para não citar
outros.
Os meus primeiros versos foram publicados em Portugal, sem ter jamais,
por lá, posto os meus pés. Sucedeu que uma grande amiga, Maroquinhas Jacobina
Rabelo, em viagem pela Europa, passou por Lisboa, onde Thomás Ribeiro Colaço
então dirigia uma revista literária — "O Fradique". Minha amiga
mostrou-lhe os meus versos e Colaço, que sempre demonstrou grande amor ao Brasil,
dedicou uma página inteira de seu mensário à poetisa cega, transcrevendo os
seus versos e desdobrando-se em louvores que muito a sensibilizaram.
Naturalmente, a notícia havia
de ecoar entre nós. As palavras de Colaço foram aqui transcritas, bem como minhas
pálidas estrofes...
Devo, ainda, a Maroquinhas
Rabelo, a impressão do livro com o qual me apresentei a crítica do meu país.
Publiquei, em seguida, SOL NAS TREVAS, graças à ajuda de outra grande amiga,
Helena Ferraz, filha de Bastos Tigre, que seguindo as gloriosas pegadas do pai,
e ativa colaboradora de diversos jornais, entre os quais o "Correio da
Manhã", sob pseudônimo de Álvaro Armando. Helena apresentou-me a Agripino
Grieco que prefaciou meu livro. Aqui terminou a entrevista, mas não a obra de
Benedicta, que prosseguiu escrevendo e com este conta seu quinto livro de poesias,
além de uma coletânea de versos patrióticos.
Sobre seu primeiro livro:
LANTERNA ACESA, publicado em 1935 e reeditado em 1977, Thomaz Ribeiro Colaço,
editor português diz: "...uma revelação sensacional para as letras
portuguesas e para as letras brasileiras, esses formosíssimos sonetos, ainda
inéditos.
Com a revelação de um grande
nome de mulher que sofre e sabe contar o seu tormento, de mulher que chora e
sabe converter em beleza as suas lágrimas, continua este jornal a cumprir sua missão.
Na limpidez maravilhosa de
seus ritmos, a força conceptiva e criadora de B. de M., põe em relevo sua
grande riqueza de imaginação poética.
LANTERNA ACESA é uma estrela
que Deus acendeu em sua alma."
SOL NAS TREVAS — dado a lume
em 1944, mereceu, entre muitas palavras elogiosas dos críticos, uma página de
Roger Bastide, em "Don Casmurro" de 11 de agosto.
Transcrevemos aqui alguns
trechos de seu artigo intitulado "Luz na Sombra”:
"A antigüidade quis que
fossem cegos, o maior de seus poetas e o maior de seus adivinhos: Homero e
Tiresias, para mostrar que aqueles que não possuem olhos para contemplar o
mundo cotidiano, manchado pelo pecado dos homens, possuem um outro mundo,
infinitamente mais luminoso e genial — o mundo das profundezas da alma.
Eis que uma moça de
Pernambuco, Benedicta de Mello, cega de nascimento, deixa seu coração cantar,
às vezes triste, mas freqüentemente confiante e sempre bom e nobre e derrama
grande porção da música interior que está nela, que brota das sombras de sua
cegueira; assim nos brinda com um livro cujo título é SOL NAS TREVAS.
A poetisa pernambucana, às
vezes se deixa levar pela linguagem dos clarividentes, como "O Algodoeiro", que é um lindo jogo de
imagens, um jogo sobre cores, ou ainda em certos versos
como este: "Em tarde
cor-de-rosa e sob um céu de anil..."
Muito mais originais, porém,
são poemas como FAZENDA DA PAULICÉIA, mais sinceros, pois são cheios de ruídos,
de perfumes, de sensações sutis, de
sentimentos quase afetivos de luz quente e de sombras frescas:
"Gemer de flauta na cabana escura;
Pelas manhãs, gorjeios na mangueira..."
É nessa diretriz que deve
empenhar-se Benedicta de Mello, para conquistar o lugar que merece. Aliás, é
preciso reconhecer que é essa via que a poetisa seesforça por seguir. São
exemplos disso, seus emocionantes poemas em que o amor ao Brasil é alcançado
por outros sentidos que não a vista, entre os quais se salientam:
"Quero-te meu Brasil" ou "Bandeira", que assim começa:
"Bandeira linda! Não te vejo as cores"...
e que termina com os versos tão impositivos:
"é que o ver não importa para amar-te,
é que de tanto amar-te eu penso ver-te".
Versos como os que se seguem,
trescalam infinita doçura e misticismo:
"Eu
não sou infeliz no meu rincão. Infeliz não será
quem
assim goza da natureza mais prodigiosa
que
imaginou a eterna perfeição.
Durmo
a sorrir, na rede de algodão suspensa aos galhos da árvore frondosa, ouvindo a
sinfonia majestosa da passarada em doida orquestração.
..................................
Eu
não sou infeliz na terra imensa
onde
o homem que é livre, escreve e pensa na doce e eterna língua de Camões."
Sobre VERSOS DO MEU BRASIL,
publicado em 1945, o mesmo crítico diz:
"Dir-se-ia que a arte
desta nobre 'artista do verso, cada vez mais se aprimora no culto transcendente
dos símbolos e na surpreendente delicadeza das suas lindas imagens. Abre o
livro, o lindo soneto "Invocação":
"O Brasil és tu mesmo, brasileiro!
É por amor a ti que o tens de amar Desde os vales
profundos, ao Cruzeiro, Das fronteiras ao teto do teu
lar!"
No soneto
"Guanabara", a poetisa, em versos magníficos, exalta, no sentimento
da grandeza brasileira, a nossa envolvente generosidade:
"O Brasil é carioca, alma indulgente, que tem na
Guanabara o coração imenso, aberto para toda a gente."
Nestas duas jóias, já se pode
apreciar que portentoso escrínio constitui o livro da poetisa Benedicta de
Mello.
Se os seus olhos estão
extintos para a luz, há em sua alma de eleita, uma visão muito mais forte que a dos olhos carnais — a
transfiguradora visão da beleza perfeita, do amor infinito, da bondade
imperecível e da pátria imortal."
LUZ DE MINHA VIDA — editado
em 1955, teve sua segunda edição em 1982, acrescida de um prefácio.
Como os livros que o
precederam, foi carinhosamente acolhido pela crítica.
Eis um trecho do artigo
publicado em Recife, pelo crítico Flósculo Corrêa Lima:
"Sempre julguei os cegos
pessoas à margem dos acontecimentos. Jamais acreditei que a luz espiritual,
desses seres condenados à masmorra da escuridão eterna, fosse tão extraordinária,
a tal ponto que chegasse a ofuscar a luz dos que carregam abertos os olhos para
a vida.
...............................................
...............................................
Vêde bem, amigos, esses versos
são clarinadas lúcidas de luz, são "recuerdos" e baladas próprias
para sonhar em noites de lua cheia, quando o mar prateado é um mundo infinito
de felicidade.
Gostaria de transcrever todo
o conteúdo do livro, para que não somente eu, mas todos vós que admirais as
musas e os trovadores, sentísseis o que eu senti, ao penetrar nesse mundo
encantado que é o livro LUZ DE MINHA VIDA da poetisa Benedicta de Mello."
LUZ INTERIOR — publicado em
1972, acrescido de um capítulo constituído pelos vinte e dois sonetos
patrióticos que integravam a coletânea "Versos do meu Brasil", logo
esgotada.
Acolhido com muito agrado por
críticos e leitores, mereceu de Carlos Drummond de Andrade, palavras de carinho
como as que se seguem:
"Luz Interior" — o
belo titulo de um belo livro. Poesia em que emoção e realização verbal se
unificam para a serena fruição do leitor".
Apresentamos agora LÂMPADAS
COLORIDAS, cuja leitura certamente trará aquele sabor de pureza e de
sinceridade que impregna toda a obra de Benedicta de Mello.
Como todo o artista, B.M. é
sensível ao mundo que a rodeia e sofre agora ao ver os caminhos que a
humanidade vai trilhando. Sua obra reflete essa transição.
Rio de Janeiro, Setembro de
1983.
O Blogue EM informa:
1. O Livro Lâmpadas Coloridas, de BENEDICTA DE MELLO, já consta do segmento denominado SALA DE LEITURA Blogue EM (à direita da sua tela, estando no blogue), além de mais três livros dela; e
2. Vida e obra poética de BENEDICTA DE MELLO é matéria que pode ser acessada pelo link abaixo:
2. Vida e obra poética de BENEDICTA DE MELLO é matéria que pode ser acessada pelo link abaixo:
Agradecimentos do
Rio de Janeiro/RJ, 06 de Janeiro de 2018.
Quase inacreditável a vida de Benedita. Extraordinária e batalhadora, alma sensível, comove a todos que têm sensibilidade. Amei o comentário:
ResponderExcluir"A antigüidade quis que fossem cegos, o maior de seus poetas e o maior de seus adivinhos: Homero e Tiresias, para mostrar que aqueles que não possuem olhos para contemplar o mundo cotidiano, manchado pelo pecado dos homens, possuem um outro mundo, infinitamente mais luminoso e genial — o mundo das profundezas da alma." Da página de Roger Bastide.
Parabéns, Regina Coeli, parabéns, Ilka Vieira (de onde estiver, está nos mostramos o que é belo)