A Mulher que Ama
Regina Romeiro
A mulher que ama
É doce aroma de rosas
Leva rastros de sorrisos pelas vias
Quando passa mostra graça e prazer
Contagia na alegria de viver
Traz no peito um estandarte
A bandeira pátria amada é seu corpo
Derramando languidez
Pelos olhos pelos poros
Ao passar assim serena
Sorridente gata mansa
Traz guardada com respeito
O vulcão que então descansa
Senhorilidade
Regina Romeiro
Com vista fraca para pintar e bordar
Riscou na seda o jogo da velha
Deu partida no dia
Ganhou todas
Com braços fracos para bolo bater
Pegou tabuleiro xadrez
Peças de duas cores
Fez-se dama
Pura Dor
Regina Romeiro
Queria tanto ser a mulher menina
QueriaQueria ser a que debulhaem amor
Queria
A que transborda em águas de desejos satisfeitos
Queria estar refeita
Queria
Refeita deságuo
Emociono-me
Transbordo a alma
De prazer... e choro....pelo reencontro
Da essência
Queria
Mas o universo não me presenteia
O universo me dá um verso
Com ele faço outros
Converso reflito... E de tanto estar
Não estou
Só sou solidão e mais nada
E queria...
É ilusão
O encontro da alma um abrigo
O homem querido
Queria
Emociono-me e derramo águas
Não por amor
É pura dor
Queria tanto ser a mulher menina
QueriaQueria ser a que debulha
Queria
A
Queria estar refeita
Queria
Refeita deságuo
Emociono-me
Transbordo a alma
De prazer... e choro....pelo reencontro
Da essência
Queria
Mas o universo não me presenteia
O universo me dá um verso
Com ele faço outros
Converso reflito... E de tanto estar
Não estou
Só sou solidão e mais nada
E queria...
É ilusão
O encontro da alma um abrigo
O homem querido
Queria
Emociono-me e derramo águas
Não por amor
É pura dor
Ao Amor
Regina Romeiro
Sentimento vibrante
Os poros em flor
Os poros em flor
Exalando vontades
Sem meias verdades
Sem falso pudor
É assim que se entrega
Ao homem querido
Que mexe e remexe
Na alma invadindo
É loucura expandindo
Sem perder a razão
Completando carícias
Construindo caminhos
Desenhando...
E de maneira tão linda
Amor tatuando...
Sem meias verdades
Sem falso pudor
É assim que se entrega
Ao homem querido
Que mexe e remexe
Na alma invadindo
É loucura expandindo
Sem perder a razão
Completando carícias
Construindo caminhos
Desenhando...
E de maneira tão linda
Amor tatuando...
Espantalho
Regina Romeiro
Eu nada aprendi no mundo
Desaprendi
Quando desandei nos caminhos,
Bifurquei, peguei atalhos
Empalhei-me
Espantalho me tornei
Espanto os que sabem voar
Em busca de sementes
No fundo, por dentro, por fora
Sou fiapos e retalhos
No coração, grande talho
A boca cerzida, pernas de pau
Braços a balançar ao vento
Sem abraço, sem laço
Sem aprendizado e sem espaço
Prendi-me desaprendendo
Fia os dias
(A Mulher Senil)
Regina Romeiro
Mais não busca
Aprecia
Não se assombra
Deixa ver
O desfile que caminha
Vem da alma pelos olhos
É rosário
Ave rezas, desde o pai
Marcas fundas, fundos frios
Trilhas mostram
Agora olha
E não ora
Fia os dias
Mulher Vitimada
Regina Romeiro
Vitimada
Salmoura bem feita
Efeito dos feitos
Do homem que danifica
Coração por razões
Que ele bem sabe
Sabe e não cuida,
Usa.
Algoz
Da cova do lar
Cara poetisa Regina Romeiro, li e aplaudi sua poesia; emocionei-me com FIA OS DIAS (DEDICADO A MULHER SENIL), quanta meiguice ao retrato que desenhas com palavras... Um abraço do leitor, Inácio Monteiro
ResponderExcluirInácio Monteiro,
ResponderExcluirgrata pela leitura e carinho/atenção no comentário.
Abraço/Regina Romeiro
Senhorilidade, um lindo poema com poucos versos e tanta riqueza de definição.
ResponderExcluirParabéns, poetisa!
Abraço carinhoso,
Lucia Helena Martins Pinheiro
Lindos seus poemas, poeta Regina. Gosto da transparência que a sua própria metáfora constrói.
ResponderExcluirAbraço,
Hilda Monteiro Sanches
Caríssima poetisa Regina Romeiro. Estive aqui no Blog “Expressão Mulher” e visitei a sua linda página. Parabéns pelas lindas obras que você oferece aos leitores internautas sedentos de boas leituras. Um forte abraço – Sardenberg
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