LUIZ POETA homenageia FERNANDO PESSOA




É claro que não considero minha poesia triste,  metafísica e profundamente reflexiva como a de Fernando Pessoa, por isso creio que jamais me permitiria um dueto que me aproximasse do seu carisma e da sua sensibilidade, mas fiz o que pude e, confesso, foi muito difícil pois considero-o um ícone para mim e para o meu trabalho literário. Inevitavelmente falei de amor. (Luiz Poeta)


"Amo como ama o amor. Não conheço nenhuma outra razão para amar senão amar. Que queres que te diga, além de que te amo, se o que quero dizer-te é que te amo?" (Fernando Pessoa)

QUANDO OLHO PARA MIM NÃO ME PERCEBO
Fernando Pessoa

Quando olho para mim não me percebo.
Tenho tanto a mania de sentir
Que me extravio às vezes ao sair
Das próprias sensações que eu recebo.

O ar que respiro, este licor que bebo,
Pertencem ao meu modo de existir,
E eu nunca sei como hei de concluir
As sensações que a meu pesar concebo.

Nem nunca, propriamente reparei,
Se na verdade sinto o que sinto. Eu
Serei tal qual pareço em mim? Serei

Tal qual me julgo verdadeiramente?
Mesmo ante as sensações sou um pouco ateu,
Nem sei bem se sou eu quem em mim sente.



OS ESPELHOS QUE ME DOU
Luiz Poeta
(Luiz Gilberto de Barros – às 23 h e 41 min do dia 19 de abril de 2012,
para a anímica e sublime sensibilidade da poesia de Fernando Pessoa)


Os espelhos que me dou não me refletem,
submetem meu olhar aos olhos teus
e se os olhos que me dás não são os meus.
quem me vê, quando os espelhos se repetem ?


O que bebo me degusta... quando o provo; 
cada gota mais feliz sempre se doa,
teu olhar é uma luz que sobrevoa
meu olhar, quando em teus olhos me renovo.


Se te vejo em cada espelho em que me vejo,
é no espelho que percebo, com ternura
que o sonho é a essência do desejo


que dilui toda carência em fantasia
porque quando o sonho move a criatura
a ternura se transforma em poesia.

Apresentação do Expressão Mulher



O EM é um espaço virtual, sem fins lucrativos, que presta um tributo às mulheres que fizeram, fazem e farão a história através da escrita. Essas mulheres que veem, escutam,sentem, compartilham o amor e a dor do desamor; a fé e a luta por um mundo sem desigualdade; a conscientização no plantio e na colheita da paz.

O EM conta com a participação de mulheres que, reconhecidamente, já fazem parte da literatura e daquelas que traçam seu caminho para tal.

Suas atualizações contam com o empenho e dedicação de Ilka Vieira e Regina Coeli Rebelo Rocha que, juntas, entre seleção, composição e ilustração, levam ao leitor a possibilidade de se aprofundar na magia, delicadeza e beleza da palavra escrita por esse ser tão mais forte do que a realidade o concebe.

Agradecemos sua visita ao Expressão Mulher. Esteja à vontade para expressar sua opinião.

EDA CARNEIRO DA ROCHA (Brasil)





SE FIZERES CHORAR UMA MULHER
Eda Carneiro da Rocha

Se fizeres chorar uma mulher que te ama
oferece-lhe flores e pára ,para pensar!..
Ela é só tua e não quer te ver chorar.

Dize-lhe sonetos de amor,
semelhantes a uma eterna canção...
Que fará muito bem ao seu coração!..

Lembra das juras que trocaram,
das Estrelas que viram,
dos lábios que se amaram,
para nunca mais se separarem!..

Nunca trates mal a uma mulher,
pois ela é a tua outra costela
que Jesus te ofertou, como alma e coração.

Sejam felizes, no pão de cada dia,
no carinho redobrado,
nas noites mal dormidas,
nas refeições trocadas,
nas juras eternizadas!..

Nunca a trates mal...
Mas se a tratares, sem o querer,
oferece-lhe flores, todos os dias
e conta as pétalas de vida que te restam,
faze desta mulher tua eterna companheira,
mas nunca faças chorar uma mulher.


PASSARINHO
Eda Carneiro da Rocha

Passa o ninho, passarinho,
passa até meu coração.
Me ajuda, passarinho
a conter minha emoção!

Hoje, quando, te vi,
pensei, apenas, em ti!
No pássaro pequenininho,
me esperando, em seu galhinho!

Passa a vida, Passarinho!
Passa horas, no seu poleirinho,
eu te esperando, neste ninho,
muito bem afagadinho!

Não te esqueças de voar.
De vir aqui me encontrar,
pois sem ti, pequenininho
é triste o meu penar!..

Vem, agora, passarinho!
Dá-me apenas um beijinho,
pra matar esta saudade
entrelaçada em nossos biquinhos!

Passa a vida, Passarinho!..


SONHOS DE UMA BORBOLETA
 Eda Carneiro da Rocha

Numa noite de verão,
como Borboleta,
saiu pelo espaço,
atrás de sua alma gêmea
que o convidava a bailar…

Dois seres no espaço,
sem nada para pensar…
Apenas o deixar amar…

Bailaram em voos siderais,
como seres alados que eram
presos por toda uma vida
do grande amor que os consumia!

Já não eram dois a bailar.
Apenas um a considerar
Visto a sombra deixada
em sua eterna fuga
deste mundo a contemplar!

Uma Borboleta levava consigo
a Arte de Amar.
sabendo que jamais estaria sozinha
neste lindo voo que ousara dar!


MEU LOBO INTERNO
Eda Carneiro da Rocha

Existe, como em todos nós!
As vezes, me dá medo!
Falo com ele sobre a vida,
passado, presente e futuro!..

Sorri!
Parece meu cavaleiro!..
Não quer que eu sofra,
que viva de ansiedades,
temendo um futuro que virá,
um passado, em que já paguei o preço,
um presente, em que vivo, temerosa!..

Não!
Diz-me ele!
Quero te ver ao clarão da lua,
em volta de uma fogueira,
em que serei teu amo cavaleiro e dono!
Em que possuirei teu coração,
serei teu lobo interno,
te tirando todas as mágoas,
te fazendo bailarina,
do meu rico coração!..

Me contarás as tuas agruras,
tuas verdades e mentiras,
teus sonhos e fantasias,
para que eu, lobo interno, que seja,
possa depurar de ti toda essa nostalgia!

Quero te ver bela e linda,
acompanhada por mim.
Não, como um fantasma temente
mas, como um amor triunfante,
que só viverá feliz doravante!..


AUSÊNCIA DE LAÇOS
Eda Carneiro da Rocha

Choro todo o amor compadecido,
não compartilhado,
não dado,
não amado! ..

Na tua ausência, quase total,
me senti um peregrino!..
E, como tal ,muito tenho caminhado,
te procurado,
para a recompensa de toda a falta
que me fazes!..

Um abraço, no laço, de um coração esparso.
Um beijo não trocado, pela tua falta!
Tua presença que não senti,
para realizar esse beijo tão prometido,
tão distante me senti!..

Mas, hoje, pego do tempo as horas.
Vôo ao teu encontro,
para te dar todas as flores do nosso caminho
espalhadas ao léu,
sem querer pisá-las,
somente amá-las,
para que não aches que a vida só passou,
que as flores não germinaram
nesse amor que não acabou!..


SE TRINCO, SE RACHO...
Eda Carneiro da Rocha
Se trinco, se racho,
me reergo, para a vida.
Digo teu nome,
canto para mim a mais doce canção
que só conhecem os que amam
sem perda da razão!..


Se trinco, me refaço.
Se racho, torno-me altaneira.
Sou aquela ave feliz
que com seu voo,
te absorve inteira!..


E,como fênix, revivo,
depois de todos os esforços,
para amar e ser amada,
faço a nossa canção
feita com o coração!..


Não há vida que me faça te esquecer,
porta que não me deixe entrar,
lua à que eu não leve o meu cantar,
pois te amando , assim,
refaço minha vida,
retiro todos os meus medos,
torno a te ninar!..


Se rachar, vou me tornar inteira.
Se quebrar, vou me fazer em una,
mas jamais te deixarei,
pois serás para sempre,
minha eterna companheira.



VIVO NO COLO DO AMOR
Eda Carneiro da Rocha

Amor, embala-me!
Dá-me teu colo, para repousar
meu corpo cansado de tanto lutar!
Ah! Amor, dá-me o sorrir da primavera
que está chegando...
A luz do Sol no meu coração,
as flores, como estrela guia,
debulhadas em botão.

A relva orvalhada, para pisar com meus pés cansados,
lutar por uma vida digna, contigo, Amor,
embalando os meus dias!
Mil quimeras d'alma sonhadas e revividas,
nas madrugadas frias e cinzentas !
Travesseiros recheados de carinho,
para abrigar minha cabeça,
povoada de sonhos!..
Que eu os possa sonhar, acordar e tê-los,
pertinho de mim , para poder realizá-los!..
Esquecer o muito que sofri na ausência da madrugada,
de teu corpo sem o meu, para me dar a sagração eterna,
de um gozo só meu!

Assim, Amor,embala-me! Não me deixes perecer!
Dá-me de novo este colo que eu tecerei
estrelas de sonho, para ti e para mim
e nos teus braços, finalmente, adormecer!..


Minha Idade
Eda Carneiro da Rocha

Queres saber minha idade?
Olha dentro dos meus olhos profundamente,
docemente!
Verás tudo o que imaginares!..
Não uma alma cansada,
não uma mulher madura,
não quem perdeu a esperança,
não quem a insônia não deixou dormir!

Antes, uma criança
que corre pelos prados
atrás das borboletas,
dos gamos e gazelas
de tudo que lhe dá vida!

Do cheiro do alecrim,
das flores esparsas
como um tapete de relva
que seus pezinhos palmilham...

Antes, alegria rejuvenescida,
vontade de viver, jovem como é!..
Nunca me perguntes minha idade!
Não a tenho!
Podes me dar à que quiseres.
Não me importo não!..
Se esse corpo de hoje está diferente,
a alma , essa, nunca mudou e nem mudará!
Não é uma alma atribulada,
plena de dor e desamor!
É uma alma cheia de encantamentos,
para te dar muito amor
que só conhecem os que amam,
os que ainda correm atrás de seus sonhos,
atrás dos beija-flores,
do canto das cigarras,
do sol que já desponta,
e da tarde que se vai.

Tudo isso é a minha idade,
junto a todo o amor que sinto
por mim e por ti.
Sim, porque preciso me amar também.
Dar-me um pouco de calor,
para aquecer esse
meu abraço que é só teu e meu.
Se quiseres ,ainda, saber a minha idade,
olha, dentro dos meus olhos e lá verás
a Idade do Amor!..

LÊDA YARA MELLO (Brasil)



























Sou Mulher
Lêda Yara Mello


Não importa a cor, raça e religião,
Se não sou bela ou sou escultural
Trago comigo herança ancestral
Que faz morada no meu coração.

Sou contraponto, ainda que esquecida,
Misto de santa e devassa, no sexo,
No corpo o côncavo que acolhe o convexo,
Na alma a doçura que ameniza a vida

Conduzo o ser que o meu ventre abriga
E no meu seio encontra a proteção amiga
Do alimento farto que precisa e quer

Pouco interessa se sou frágil ou forte
Sou alguém que, vindo, escolheu a sorte
De ser mãe, amante, amiga. Ser mulher.



Recomeço
Lêda Yara Mello

Hora de ir.
Guardo o silêncio de todos os sentidos,
para que possa absorver cada vibração
desta solenidade de réquiem.
Réquiem ao meu monólogo de amor.
Nada a chorar. Nada a lamentar.
Nem risos, nem flores,
nem mágoas, nem dores.
Nada a guardar.
Na mochila, único pertence:
a fé em mim mesma.
Bato dos pés a poeira deste chão.
A caminho!
Tempo de recomeçar.


Sonho de Ninguém
Lêda Yara Mello 

 
Por mais doces que sejam as fantasias
Nascidas das promessas desse olhar,
Teu descaso, tuas palavras vazias
Esvaziaram o amor, mataram o sonhar.

Queres-me, apenas, por alguns momentos.
Só frenesi, sem antes nem depois.
Fútil querer, pobre de sentimentos.
Desejo só, não faz história a dois.

Falando sério, não te quero assim,
Estranho caso sem princípio e fim
Que de tão frágil, em pé não se mantém


Sim, eu Posso!
Lêda Yara Mello

Sim, eu posso:
quando tomo consciência
de que sou única e insubstituível;
de que meu passado, presente e futuro
são o resultado das minhas escolhas;
de que o acaso não existe
e que cada acontecimento
é mensageiro de uma resposta.

Eu posso:
quando me questiono
e tenho a coragem de me assumir
com minhas virtudes e defeitos,
para me tornar melhor;
quando priorizo o amor
e percebo que eu sou a minha primeira experiência
- " Ama o teu próximo como a ti mesmo" -;

Eu posso:
quando estou atenta às minhas culpas e medos
e deles retiro os benefícios equivalentes,
para então libertá-los e libertar-me;
quando me dou conta de que a vida
não é um vale de lágrimas ,
mas uma maravilhosa experiência
de progresso para o meu espírito.

Eu posso:
quando, apesar de tudo,
me decido pelo Amor, pela Paz e pela Felicidade
que me foram destinados
e que nascem a partir de mim mesma.
Percebo, então,
que Ele e eu, juntos, somos invencíveis
e que a minha vida, então transformada,
já me mostra que
sim, eu posso!

Texto retirado do livro MEUS SONHOS
Autora: Lêda Yara Motta Mello


Um Lugar Dentro de Mim
Lêda Yara Mello


Uma longa viagem,
atemporal,
profunda,
real.

Como em perspectiva,
vi-me
no meu avesso,
nos meus perfeitos
e imperfeitos;
nos meus concretos
e irreais;
nos meus amores
e colhidos desamores;
nas minhas alegrias
e nas lágrimas libertadoras;
nos que passaram por mim
e naqueles por quem passei;
nas minhas idas, no meu indo
e no meu pretenso irei.

Vi-me,
sem disfarces,
no que sou.



Vem Cá!
Lêda Yara Mello


Vem cá meu doce, meu xamego, meu menino!
Esta ansiedade, desejo de te encontrar...
O teu abraço, o teu beijo! E termino
Sem conseguir lugar de paz para ficar.

Não adianta esse bico de zangado,
Fazer de conta que não ligas mais pra mim.
Eu sei que sou o teu xodó querido, amado
Vem cá meu dengo, meu viver, querer sem fim!

Pra te esperar, vestido novo até comprei,
Sandálias altas feitas com tiras douradas,
E um perfume dos melhores que encontrei.
Vem cá meu lindo, mata as saudades malvadas!

Chega depressa, desta semana não passes,
Para que saibas como sei amar gostoso.
Basta que eu sinta que me amas sem disfarces.
Vem cá meu sonho, meu rei, meu céu dengoso!



Vendaval e Brisa
Lêda Yara Mello


Chegas sem aviso e vais sem despedida.
Tua inconstância não é mero acaso!
Quando os sentimentos tratas com descaso,
Cumpres, iludido, teu programa de vida.

No palco do amor, encenas teus abraços,
Já memorizada a cena derradeira:
Partes, em remoinho, fazendo a poeira
Que cobrem as marcas feitas por teus passos.

Como um vento brando, junto a ti cheguei.
Do amor, o pólen, em teu coração plantei
Que, em meio estéril, enfim, não fecundou.

Para nós, assim, desfecho desigual...
Em minha vida fostes como vendaval,
Em tua vida fui brisa que acalentou.



Uma Noite de Amor
Lêda Yara Mello


Palavras sussuradas, afagos e carinho,
O beijo trocado, molhado em doçura,
Criando aconchego, preparando o ninho,
Selam o pacto lírico do amor ternura.

O brilho da chama na ânsia nascente,
Olhar dentro do olhar, reflete o lampejo.
Corpos que se dão, na ânsia crescente,
Explodindo, sôfrega, no amor desejo.

Sentidos acesos, livres embarcando
Na viagem cósmica rumo à emoção.
No fremir do êxtase, a larva brotando
Das entranhas quentes do amor paixão.

Corpos saciados, como em renascer,
Vestindo de novo o ritual antigo,
Antes que desponte o amanhecer,
Dormitam nos braços do amor amigo.
Vem comigo!
Pousa teus pertences
na carruagem do amor
e embarquemos leves,
rumo ao país do encanto,
onde o sonho e a realidade
fundem-se no calor
do encontro de duas almas.

Junta aos meus sonhos
os teus sonhos mais bonitos.
Celebraremos a dois
os milagres da vida em amor
e do amor em nossas vidas.

No acalanto do abraço
adormeceremos o cansaço
das lidas e percalços
que o viajor encontra
ao longo do caminho
na estrada do viver.

Acariciaremos sem medo
a criança que há em nós.
Deixaremos que sorria, livre,
descobrindo a vida,
crescendo em afetos.

Juntos colheremos
as flores que brotarem
da vida partilhada,
espargindo seu perfume
no nosso leito de amor.

Vem comigo!
E terás contigo a glória
de sentir-se amando e amado.
Compreenderás, então,
que uma vida é pouco
para quem ama tanto assim.



Tem Alagoana no Cordel
Leda Yara Mello

O verso do cordelista
nasce na simplicidade
de quem já nasceu artista,
Brinca com sinceridade,
do que se passa na vida,
sem fugir da sua lida,
cantando diz a verdade

Gosto de fazer cordel,
seus versos breves me encantam.
Estou certa que no céu
é cordel que os anjos cantam
ao som da harpa e da lira,
fazendo festa pra Deus,
que conhece os filhos Seus,
cordelistas que admira.

Nas Alagoas nasci,
um berço de repentistas
desde cedo conheci
os versos desses artistas,
pegam  um mote ao acaso,
rimam com categoria,
com versos de alegria
fazem o maior arraso.
                                                    
Igual goiabada e queijo
o povo gosta da rima
que é gostosa como um beijo
quem estiver triste, anima.
Ser cordelista é uma sina
que me deu meu Pai do Céu,
pois na casa do cordel
moro desde pequenina.



Rondel de Conhecer-te
Lêda Yara Melo


Eu te conheço como me conheço,
Teu cheiro, tua voz, teu jeito de amar,
Teu beijo, abraço que jamais esqueço.
Saber que escapa de tempo e lugar.

Tua visão da vida, o sentir, pensar...
Mergulhei fundo nesse teu avesso.
Eu te conheço como me conheço,
Teu cheiro, tua voz, teu jeito de amar.

Parte de mim foste desde o começo
Do eterno, sempre, estive a te esperar
Meu coração te dei, com todo aprêço
Pois tudo em ti me foi familiar.
Eu te conheço como me conheço.
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